15 de outubro de 2007

Zaha Hadid em Bilbao

Parece uma ilha nova em folha, arrojada. E é mesmo, ou melhor, virá a ser. A arquitecta britânica-iraquiana Zaha Hadid é responsável pela apresentação de um projecto de redesenvolvimento que revolucionará a esquecida zona da península Zorrozaurre, em Bilbau.
A península daquela cidade espanhola, localizada no estuário do rio Nervión, foi em tempos uma zona crucial a nível portuário mas entrou em decadência. com apenas 450 habitantes e algumas pequenas indústrias, parecia irremediavelmente arredada do futuro da cidade.
Hadid quer mudar isso. Planeia transformar a península numa ilha e voltar a ligar este remodelado pedaço de terra à cidade através de oito pontes. O desenvolvimento urbano ocupará 72 hectares, onde surgirão seis mil novas habitações, dois centros tecnológicos e um parque de quatro hectares.

Mais info neste links:

5 de outubro de 2007

Vanessa da Mata


Vanessa da Mata nasceu em 1976, em Alto Garças, no Mato Grosso – uma pequena cidade há 400 quilómetros de Cuiabá, cercada de rios e cachoeiras. De formação autodidacta, ouviu de tudo na infância. De Luiz Gonzaga a Tom Jobim, de Milton Nascimento a Orlando Silva. Ouviu também de ritmos regionais como o carimbó, dos discos trazidos das viagens de um tio à Amazônia. Ouviu samba, música caipira e até música italiana, sons que chegavam pelas ondas da rádio. Aos 14 anos, Vanessa mudou-se para Uberlândia, em Minas Gerais, cidade a mil e duzentos quilómetros de distância de Alto da Graça. Foi para lá sozinha, morar numa pensão: se preparava, então, para o curso de medicina. Mas já sabia o queria: cantar. Aos 15, começou a se apresentar em bares locais. Em 1992, foi para São Paulo, onde começou a cantar na Shalla-Ball, uma banda de reggae de mulheres. Três anos depois, excursionou com a banda jamaicana Black Uhuru. Em seguida, fez parte do grupo de ritmos regionais Mafuá. Neste período, ainda dividia seu tempo entre as carreiras de jogadora de basquetebol e de modelo.
Em 1997, conheceu Chico César: com ele, compôs "A força que nunca seca". A música foi gravada por Maria Bethânia, que a colocou como título de seu disco, em 1999. A gravação concorreu ao Grammy Latino e também foi gravada no CD de Chico, “Mama Mundi”. O Brasil descobria uma grande compositora. Bethânia voltou a gravar Vanessa: “O Canto de Dona Sinhá” esteve no CD “Maricotinha” – com participação de Caetano Veloso - e em sua versão ao vivo.

Em Novembro, Portugal recebe nos Coliseus de Lisboa e Porto uma das vozes mais frescas e uma das compositoras mais inovadoras da actual música brasileira. Para aqueles que ainda não conhecem Vanessa da Mata deixo-vos este link: Vanessa da Mata

4 de outubro de 2007

Peaceful Warrior


Em "Peaceful Warrior", Dan Millman (Scott Mechlowicz) é um estudante universitário com uma vida perfeita. Com um corpo atlético, de ginasta, é capaz de atrair todas as raparigas que quer, tem boas notas, muito dinheiro no bolso e uma forte probabilidade de integrar a equipa olímpica. No entanto, acorda todas as noites com terríveis pesadelos e estranhas visões que não consegue explicar nem esquecer.
Uma noite, deixa sozinha na cama a sua mais recente conquista e sai para a rua a correr, no que pensa ser um percurso ao acaso. Desorientado pelo nevoeiro, percorre as ruas adormecidas e vai dar a uma estação de serviço, onde as luzes acesas iluminam um velho (Nick Nolte) atrás do balcão. Ele nunca viu ninguém como este homem: quando dá por ele, está a levitar no telhado da estação de serviço.
O pesadelo ganha vida quando um acidente de mota corta pela raiz a vida de festas e competições. O seu velho amigo (dono de um posto de gasolina, a quem decide chamar Sócrates) vai ajudá-lo a recuperar a forma e, sobretudo, o amor pela vida. Apresenta-lhe uma filosofia de vida que o favorece: valorizar a consciência mais do que a inteligência; preterir o valor do corpo pelo do espírito. Mas será que Dan é capaz de abandonar passado e futuro para viver apenas o presente?

Victor Salva ("Clownhouse" - 1988) assina este filme sobre auto-superação baseado em acontecimentos reais, valorizando a estética e emprestando-lhe boas imagens (e um tanto surreais).